HISTORIA DO MUNICIPIO

Barra (Bahia)

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Município de Barra
"Princesa do São Francisco"
Bandeira de Barra
Brasão de Barra
Bandeira Brasão
Hino
Aniversário comemora-se 16 de junho (quando recebeu o titulo de cidade em 1873)
Fundação 23 de agosto de 1753
Gentílico barrense
Prefeito(a) Artur da Silva Filho ((PP))
(2013–2016)
Localização
Localização de Barra
Localização de Barra na Bahia
Barra está localizado em: Brasil
Barra
Localização de Barra no Brasil
11° 05' 20" S 43° 08' 31" O
Unidade federativa  Bahia
Mesorregião Vale São-Franciscano da Bahia IBGE/20081
Microrregião Barra IBGE/20081
Municípios limítrofes Buritirama e Pilão Arcado (norte), Buritirama, Cotegipe e Mansidão, Wanderley (oeste), Muquém de São Francisco (Sul), Xique-Xique, Morpará e Ibotirama (leste)
Distância até a capital 650 km
Características geográficas
Área 11 332,950 km² (BR: 120º)2
População 50 134 hab. IBGE/20103
Densidade 4,42 hab./km²
Altitude 406 m
Clima semi-árido BShW
Fuso horário UTC−3
Indicadores
IDHM 0,557 baixo PNUD/20104
PIB R$ 125 614,394 mil IBGE/20085
PIB per capita R$ 2 527,20 IBGE/20085
Página oficial

Barra (antiga Vila de São Francisco de Chagas da Barra do Rio Grande) é um município brasileiro no estado da Bahia, localizada no encontro do Rio Grande com o Rio São Francisco, no Médio São Francisco.

História

A região era povoada primitivamente pelos índios acroás, na margem esquerda do Rio São Francisco, e pelos índios mocoazes, na direita, além de Tupiniquins, Xacriabás, Caiapós, Cariris e Aricobés. O povoamento da região surgiu a partir de uma fazenda de gado trazido do litoral no ponto onde o Rio Grande desemboca no Rio São Francisco, pertencente à Casa da Torre, então chefiada pelo 2º. Francisco Dias de Ávila Pereira, entre 1670 e 1680. Esta fazenda foi nomeada Fazenda Barra do Rio Grande, posteriormente chamada de Fazenda Barra do Rio Grande do sul para distinguir do Rio Grande do Norte. Os franciscanos ergueram na região a capela de São Francisco das Chagas da Barra do Rio Grande do Sul, criando um aldeamento de índios catequizados.

Posteriormente foi elevada à categoria de povoação, sendo um povoado da capitania de pernambuco. Em 1715, o povoado passou a ser subordinado à justiça da Cidade da Bahia. Em 1734, passou à jurisdição da Comarca de Jacobina. A atividade econômica da povoação consistia na criação de gado e agricultura, com o cultivo da cana-de açúcar. Abrigava grande diversidade populacional: portugueses, escravos africanos, brasileiros, filhos de portugueses, mestiços de branco e índio, índios puros, holandeses, flamengos e espanhóis exploraram a região sob o comando da Casa da Torre.

A Vila foi criado por carta regia de D. Jose I em 1 de dezembro de 1752 e a freguesia (paróquia) em 5 de dezembro do mesmo ano (esta desligada de Cabrobró), mas a instalação só ocorreu em 23 de agosto de 1753, quando foi instalada a nova vila de São Francisco das Chagas da Barra do Rio Grande do Sul, emancipando politicamente, costituida de camara de vereadores, pelourinho e coletoria. A instalação foi feita pelo Ouvidor e Corregedor da Comarca de Jacobina.

D. João VI, por alvará de 3 de junho de 1820 cria a Comarca do São Francisco, e Barra passa a ser a cabeça da nova comarca.

Em 7 de julho de 1824, a Comarca do São Francisco, atual oeste da Bahia, passou à jurisdição de Minas Gerais, e, em seguida em 15 de outubro de 1827 passa a pertencer em definito a Bahia, sendo que ambas as alterações se deram por decretos de Dom Pedro I do Brasil. A vila foi elevada a cidade em 1873 (na época do imperio o termo "cidade" era mais honomerito e nada somava-se administrativamente), quando passou a chamar-se Barra do Rio Grande. Em 1931 sua denominação mudou para Barra.

Em 1875, o primeiro jornal da região oeste passou a ser impresso em Barra, com oficinas próprias: era o Eco do São Francisco

Pela sua localização geográfica, tornou-se ponto de passagem obrigatório para quem se dirigia ao sertão do São Francisco e das boiadas do Piauí, Maranhão e Goiás, vivendo grande efervescência comercial e social entre 1891 e 1912. Em 1902 o vapor Saldanha Marinho começou a trafegar regularmente entre Pirapora, Minas Gerais, e Juazeiro, Bahia, passando por Barra, o que reforçou o comércio da região. A exploração de borracha de maniçoba também deu um impulso econômico à região. Esta cultura sofre declínio a partir de 1912.

Em 1913 Barra torna-se diocese e a igreja matriz Senhor Bom Jesus da Boa Morte torna-se catedral.

Somente em 1998 Barra integra-se à malha rodoviária brasileira com a ligação da cidade à BR-242, a rodovia federal Salvador-Brasília.

 

LIMITAÇÕES DA ANTIGA VILA DA BARRA

A demarcação da antiga vila Ia do atual Pau da História, à margem esquerda do rio de São Francisco; rumo direito às serras que limitam Piauí e Bahia; descia pelas serras que separam Bahia de Goiás no oeste, até à nascente do rio da Carinhanha, cujo curso acompanhava limitando com Minas Gerais, até a foz no rio de São Francisco, e por este abaixo, até dar novamente no Pau da História. O São Francisco era o Pará ou Opara dos naturais; o rio Grande era o Iassu. Outros rios teriam a denominação indígena traduzida (rio Preto, rio Corrente, rio Arrojado, etc.) ou conservariam o nome primitivo (Icatu, Buriti, etc.). As terras tinham os diversos aspectos sabidos, dos “gerais” do oeste, as matas, as caatingas altas ou ralas, tabuleiros, areais, dunas, barrancos e arrecifes das margens, brejos e alagados, até trechos impróprios à vegetação, aqui e ali alteadas em serras. Tudo no município seria ligado aos rios, caminhos naturais, aos pastos nativos, às ilhas, junto dos currais. 

fonte: anais pernambucanos de pereira da costa

Geografia

De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano 2010 sua população era estimada em 50.134 habitantes. Com área territorial de 11.333 km², o município possui três distritos: Barra (sede), Igarité (1º distrito), Ibiraba (2º distrito).

Armas simbólicas do município

Na parte superior, o brãsão de Barra apresenta três elementos: uma cruz, indicando um aldeamento cristão, origem da cidade; o encontro do Rio Grande com o Rio São Francisco, indicando a localização da cidade; e um livro aberto com a palavra Lex, indicando a Lei. Abaixo, a nau navegando simboliza o progresso. Acima, a coroa em forma de muro indica a cidade e ao lado, pés de cana-de-açúcar indica a lavoura. A fita que entrelaça indica os ideais de paz e liberdade.

Referências

  1. a b Divisão Territorial do Brasil. Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1 de julho de 2008). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
  2. IBGE (10 out. 2002). Área territorial oficial. Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Página visitada em 5 dez. 2010.
  3. Censo Populacional 2010. Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (29 de novembro de 2010). Página visitada em 11 de dezembro de 2010.
  4. Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil. Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (2010). Página visitada em 11 de agosto de 2013.
  5. a b Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Página visitada em 11 dez. 2010.